domingo, 19 de maio de 2013

Tolkien, os Ateus e a Criação

Terminei a leitura de um livro, no mínimo, curioso, especialmente pelo tema proposto pelo autor: concluir a obra de J. R. R. Tolkien, dando um fim a trilogia "O Senhor do Anéis", a qual, segundo ele, não explicou o fim da vida dos personagens principais da história, deixando um vazio na mente do leitor.

O livro se chama "Indo Além do Senhor dos Anéis e Continuando até o Fim" e o autor é P.H.R. Nascimento, um médico de Sorocaba-SP. contudo, não estou aqui para falar do livro, mas sobre alguns pensamentos que me vieram a mente enquanto pesquisava sobre este livro na internet.

A questão é a seguinte; em vários sites ou fóruns, percebi que a grande maioria dos fãs de Tolkien considerava um imenso absurdo alguém querer dar fim a uma obra tão complexa e magnífica, outros achavam ser isso impossível, desprezavam o livro logo de início, ridiculariavam tal proposta, ofendiam o autor e "endeusavam" Tolkien, sua inteligência, criatividade e exaltavam a grandeza de sua obra, que inclui, além de uma história incrível e cativante, imensos detalhes de história, geografia e linguística (especialidade de Tolkien), deixando bem claro que ninguém mais, além dele, poderia dar vida à uma obra literária tão magnífica.

Como leitor de Tolkien, compartilho da admiração dos fãs acima citados e reconheço a riqueza de detalhes do universo criado por este magnífico escritor, entretanto o que quero destacar aqui é a atitude de muitos desses fãs, que se dizem ateus, alguns, inclusive militantes, de não se conformar com alguém querer interferir na obra de um criador inteligente, pois só o mesmo pode criar e desenvolver seu trabalho. Em suma, todos reconhecem que, um universo fictício tão grande e complexo como o da obra de Tolkien, precisa de um criador inteligente, e que só ele sabe o que faz ali e como deve ser. Interessante aqui que, das pessoas que gostam de Tolkien, boa parte é composta de Ateus, que se consideram intelectuais por não acreditarem em Deus, e outra parte por religiosos como teólogos, pastores, padres ou religiosas que simpatizam com a religiosidade de Tolkien que se declarava um cristão (católico), além, é claro, daqueles que, simplesmente, gostam de aventuras e fantasias.

Interessante este fato, mas os mesmos ateus que reconhecem Tolkein como um grande "criador" e sua obra como fruto de uma mente inteligente e de planejamento, não reconhecem o universo real, com toda a sua magnitude, beleza e perfeição como fruto de um Criador inteligente, mas do acaso. INCOERÊNCIA TOTAL!

O universo criado por Tolkien é incrível, mas é apenas uma fantasia, uma obra imaginária, enquanto nosso mundo é real, fruto da inteligencia e poder de um Deus criador, que é pessoal e que se revela na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo (Gênesis 1.1, Colossenses 1.16-17). Toda a geografia, biologia, linguística e história do nosso mundo é fruto da mente de um Deus soberano e supremo, o que é inegável por qualquer pessoa com um pingo de bom senso e observação (Salmo 19.1, Romanos 1.19-20).

Entendo o fato de não aceitarem quem é esse Deus, devido a não desejarem ter de prestar contas de suas vidas a quem os criou, contudo, não reconhecer a inteligencia de um ser superior por trás da origem do nosso mundo e do nosso universo é incompreensível. Deus é o Criador, tudo veio Dele, é mantido por Ele e tem o seu fim Nele (Romanos 11.33-36).

A própria inteligência de Tolkien e de outros excelentes profissionais nas mais diversas áreas do conhecimento humano são provas da existência de um Deus criador, de Sua imagem no ser-humano e de Sua graça comum oferecida às suas criaturas.

Termino exaltando e engrandecendo ao Deus Criador pela grandeza de Sua criação, da qual faço parte e espero que aqueles que ainda não reconhecem tal fato, acordem logo para a mais lógica realidade e reconheçam que existe um Deus Criador, inteligente, pessoal e que se revela na pessoa de Seu filho Jesus, como todo o amor para salvar e perdoar a qualquer um que Nele crê (João 3.16)

Obs: O livro acima citado é bem interessante, não é Tolkien, mas oferece um "final" a saga dos anéis até aceitável, contudo é meio depressivo por tratar da morte de quase todos os principais personagens da série.

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