sábado, 30 de janeiro de 2016

Filme: Deus não está Morto - Uma Reflexão!


No início de Abril estréia nos cinemas o filme "Deus não está Morto 2" continuação do sucesso de 2014 "Deus não está Morto".

Já tem muito tempo que desejo escrever sobre este filme, mas nunca deu certo, agora, que o segundo se aproxima, acho que é a oportunidade ideal.

Bem, minha esposa Débora e eu, assistimos o filme no Netflix, algo que achei interessante, pois saiu primeiro nesta rede do que nos cinemas e, mesmo já estando nas casas das pessoas, o filme teve um excelente público nos cinemas. Fato que chamou bem a atenção da mídia especializada e rendeu inúmeras críticas e análises do filme e seu conteúdo.


Como tanta gente estava falando do filme, tanto nas redes sociais, quanto face a face, gerando correntes com a mensagem "Deus não está morto!" pelo Facebook e Whatsapp (o que é sugerido no final do filme), decidimos assistir para tirar nossas próprias conclusões e gostamos muito do filme. É claro que não é perfeito, ou excelente, mas é um bom filme cristão.

A história é bem interessante e seu tema é extremamente atual e relevante. A propagação do ateísmo tem sido intensa nas escolas, faculdades e universidades, não somente nos Estados Unidos, mas também no Brasil e no mundo. Eu, que já conclui o Ensino Médio há dezesseis anos, já passei por isso na escola.

Em relação ao filme, a atuação dos atores foi muito boa e tinha um elenco relativamente famoso, com destaque para o professor ateu interpretado por Kevin Sorbo, o mesmo que ficou famoso como Hércules numa série de tv que passava anos atrás. Meio fraco foi a atuação e o personagem do Dean Cain, que no passado interpretou o Superman em outra série de tv. Mas os ensinos por meio do seu personagem foram válidos.















Agora, curioso foi ver dois atores que interpretaram cópias fajutas do Senhor Jesus Cristo, Kevin Sorbo como o semi-deus da mitologia grega Hércules, e Dean Cain como o deus da cultura pop dos Estados Unidos, Superman, fazendo um filme que exalta o verdadeiro Filho de Deus e mostra o valor da fé nele. Gostei disso, gostei mesmo, pois, mesmo gostando de super-heróis e histórias fantásticas, sei que Jesus Cristo é o único e verdadeiro Filho de Deus, o único Salvador, o único Senhor, o único Soberano, o verdadeiro Super-Herói. Não sei se foi proposital, mas foi uma boa sacada.

O debate entre ateísmo e cristianismo no filme tem seu valor, mas não chega a ser definitivo ou muito abrangente. Alguns argumentos que o personagem principal usa são muito bons, mas ateus bem preparados tem defesas fortes também. Além disso a agressividade do professor não se compara ao que acontece na vida real, aqui as coisas são bem mais difíceis, com ataques pessoais e humilhações generalizadas. 

O que mais gostamos no filme foi a atitude do rapaz de defender sua fé custe o que custar, mesmo que pudesse ser reprovado e até perdendo a namorada que não levava Deus a sério. Infelizmente, na vida real a maioria dos jovens cristãos tem feito o contrário, negam a fé a troco de qualquer coisa e abandonam o Senhor por namoros mundanos e carnais. Seria MUITO legal se os jovens tivessem a mesma atitude do rapaz do filme. Na época do Ensino Médio, logo nos primeiros dias de aula, precisei defender a fé diante de ataques ateístas de uma professora que zombava da Bíblia e do Cristianismo, foi muito difícil na hora, os colegas me desprezaram demais e depois, chegaram a me dizer que acharam que eu era um fanático religioso. Mas valeu a pena, tempos depois muitos dos meus amigos foram até a igreja, pude testemunhar de Cristo para eles e a professora começou a agir de forma bem mais educada e ética, se tornando até minha amiga. 

Um fator decepcionante foi ver que todos os alunos, no fim, apoiaram o jovem cristão. Não! A realidade não é assim. Mesmo que ele vencesse o argumento, pelo que vemos ao nosso redor, só por birra, alguns ficaram do lado ateu ou continuariam desprezando o cristão. Poderiam ter colocado só o rapaz japonês (que parece estar na continuação) se convertendo, já seria algo bem legal. 

Por fim, não gostei do professor ter morrido no final, preferia que tivesse mudado de vida e começado a vida cristã, além disso, como li em algum lugar (não me lembro onde...), a conclusão do filme foi péssima, com todo mundo indo participar de um show de rock gospel (que está no trailer do segundo filme), como se isso fosse o melhor que o cristianismo tem para oferecer. Com sinceridade, no mundo secular existem bandas e grupos de rock com qualidade musical muito maior que as bandas evangélicas, os incrédulos não precisam de Jesus para se divertirem e se emocionarem em shows, eles já têm tudo isso e muito mais, o que precisam, e que poderia ter sido colocado no final do filme, é do Evangelho do Senhor Jesus, da pregação da Palavra de Deus, da Igreja de Cristo, de uma nova vida com o Salvador, enfim de uma busca pelo que é eterno.

"Deus não está Morto" é um bom filme, vale a pena assistir e tem muita coisa de proveito ali, mas não tudo. Contudo, sendo algo que é feito para o cinema, e com uma abrangência muito grande, não podemos esperar perfeição ou compromisso total com as Escrituras, mas podemos aproveitar como ponto de partida para a discussão de temas atuais e, principalmente, para a apresentação do evangelho.

Espero que o segundo filme (no qual o cristão da vez é uma professora), cujo assunto da liberdade religiosa e do ensino da Bíblia nas escolas estará em pauta, seja bom e, quem sabe, melhor que o primeiro. Vamos esperar para ver. Termino com o trailer do segundo filme para quem interessar.

Deus abençoe a todos!
Luiz Miguel

 

domingo, 24 de janeiro de 2016

A Humildade é Bela - Texto Devocional do Pão Diário - 24 de Janeiro de 2016

Transcrevo abaixo, na íntegra, o texto de hoje, domingo, 24 de janeiro de 2016, do devocional "Pão Diário", que muito me chamou a atenção, tocando profundamento meu coração. Como missionário numa região de cidades pequenas, tenho aprendido do Senhor tal lição e procurado passar adiante nas conferências que faço pelo Brasil, na esperança de que mais missionários e pastores se levantem rumo a cidades pequenas e distantes, no Brasil e no mundo, afim de pregar o evangelho de Jesus Cristo para todos os povos, até aos confins da terra: 


A Humildade é Bela

"...quem despreza o dia dos humildes começos?..."  Zacarias 4.10

Outro dia ouvi um amigo dizer: "Ele está destinado a um grande ministério", e com isso, queria dizer que ele seria bem-sucedido numa igreja com altos padrões e orçamento enorme.
Questionei-me o motivo de pensarmos que o chamado de Deus significa necessariamente conquistar mais um degrau do que já temos. Por que Deus não enviaria Seus melhores trabalhadores para ministrar por toda a vida em algum lugar pequeno? Será que não há pessoas em lugares desconhecidos que precisam do evangelho e do ensino? Deus não quer que ninguém pereça.
Jesus se preocupava com indivíduos e multidões. Ensinou a muitos, e jamais se incomodou que o número de Seus ouvintes diminuísse dia após dia. João disse que muitos o abandonaram (Jo 6.66), redução que teria deixado a maioria de nós em pânico. Mas Jesus seguiu em frente, com os que o Pai lhe tinha dado.
Em nossa cultura, quanto maior melhor, o tamanho é a medida do sucesso. É necessário ser forte para resistir a esta tendência, especialmente se trabalhamos num lugar pequeno.
Mas o tamanho não é nada; a substância é tudo. Se você estiver pastoreando uma igreja pequena, grupo de estudo, ou classe de ensino bíblico, dedique-se. Ore, ame, ensine pela Palavra e exemplo. Seu pequeno lugar não é um degrau para atingir a grandeza. Seu lugar é uma grandeza.

Você sabia que quando o Senhor está presente, há sempre plenitude de alegria?

O pouco com Deus é muito.

David H. Roper